VIE 5 DE DICIEMBRE DE 2025 - 11:03hs.
Lucros serão destinados a autistas da cidade catarinense

Aprovado anteprojeto que cria o Serviço Público de Loteria Municipal em Araranguá

A Câmara de Vereadores do município de Araranguá (SC) aprovou o Anteprojeto de Lei nº 046/2025, que cria o Serviço Público de Loteria no município. Ele poderá ser operado diretamente pelo Poder Executivo ou por meio de concessão, explorando qualquer modalidade permitida pela legislação federal, com apostas em pontos físicos e plataformas digitais.

Durante a sessão ordinária realizada na noite de quarta-feira (11), foi aprovado na Câmara de Vereadores de Araranguá (SC) o Anteprojeto de Lei nº 046/2025, de autoria do presidente da Casa, vereador Paulinho Souza. A proposta dispõe sobre a criação do Serviço Público de Loteria no Município, que poderá ser operada diretamente pelo Poder Executivo ou em regime de concessão.

O anteprojeto prevê que a loteria poderá explorar qualquer modalidade permitida pela legislação federal, com apostas disponíveis tanto em pontos físicos quanto em plataformas digitais.

Todo o custeio da operação será coberto com os próprios recursos arrecadados pela atividade lotérica, sem impacto direto nas finanças públicas. A regulamentação e fiscalização do serviço ficarão a cargo da Secretaria Municipal de Administração.

De acordo com o texto, os lucros líquidos gerados pela loteria terão destinação prioritária ao atendimento de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), assegurando que 100% da receita remanescente seja aplicada nessa política pública.

Além disso, valores correspondentes a prêmios não resgatados também serão revertidos para essas ações. A proposta inclui ainda mecanismos rigorosos de controle, segurança, prevenção à ludopatia e combate à lavagem de dinheiro.

Para operar o serviço, as empresas interessadas deverão cumprir uma série de exigências técnicas e legais, como possuir certificações específicas, elaborar regulamentos próprios e efetuar o pagamento de outorga ao município. Será obrigatória a criação de uma sociedade de propósito específico para gerir a loteria, com auditoria independente e supervisão direta da Secretaria da Fazenda.

Com a aprovação e futura implementação do serviço, o município passa a contar com uma nova fonte de arrecadação.

O vereador Paulinho Souza destacou o impacto social da proposta: “A ideia é criar uma fonte de renda para manter o grande complexo que será implantado na Divinéia, no antigo UCCA, voltado ao atendimento de pessoas com autismo”, disse ele.

“Já existem loterias municipais em outras cidades, e, se o prefeito entender que é viável, ele poderá transformar esse anteprojeto em lei. 100% do lucro será destinado às pessoas com autismo e às famílias que têm crianças com o transtorno. Queremos garantir uma renda permanente para o município, que permita oferecer a essas crianças os melhores profissionais e a qualidade que elas merecem”, conclui.

Fonte: GMB