De acordo com Paes, a medida estadual é “no mínimo equivocada” e precisa de um debate mais amplo.
"Eu acredito que a decisão de sair liberando essas máquinas de jogos por aí através de um decreto, sem respaldo dos legisladores, sem debater o tema de maneira adequada, é uma medida no mínimo equivocada”.
“A gente sabe que esse assunto, que deve envolver muita responsabilidade, diálogo, cuidado, porque afeta diretamente famílias, pode levar ao vício, se não for muito bem regulamentado pode aprofundar uma questão de saúde pública, uma questão social. Na Cidade do Rio a gente vai adotar cautela, vamos definir que, por ora, os estabelecimentos comerciais sigam sem poder expedir alvará de funcionamento pela prefeitura, caso tenham máquinas de jogos", afirmou.
Paes anunciou que o vice-prefeito Eduardo Cavalieri deve publicar, nesta sexta (22), um decreto municipal que deixa explícita a proibição da instalação desses equipamentos na capital. O prefeito está em Nova York, onde acompanha um fórum sobre segurança pública, e afirmou que na volta conversará com o governador Cláudio Castro sobre o tema.
Castro afirmou que o objetivo do decreto sobre os jogos não é arrecadar, mas moralizar uma prática já existente e hoje descontrolada, reduzindo o espaço da contravenção.
Segundo ele, a regulamentação permitirá identificar quem lucra de forma excessiva, já que o meio de pagamento será controlado pelo Estado, e garantir que apenas empreendedores dentro da lei atuem no setor.
Castro destacou ainda que o sistema da Loterj possibilitará bloquear o acesso de beneficiários do Bolsa Família e de jogadores compulsivos, além de apoiar campanhas para estimular uma relação mais equilibrada e saudável com o jogo.
A Loterj defende que os VLTs são diferentes dos tradicionais caça-níqueis, já que operam com um gerador auditado em tempo real, eliminando o risco de manipulação. O governo estadual também aposta na arrecadação: haverá cobrança de uma taxa de 5% sobre o faturamento das empresas, destinada a saúde, educação, segurança e programas sociais.
Fonte: GMB
