A publicação, apresentada na Universidade Luis Guido Carli, de Roma, e coordenada pelos professores Fabio Marchetti e Luciano Monti, codiretores científicos da FBV, reproduz o modelo do estudo já consolidado patrocinado anualmente pela Fundação Codere na Espanha em colaboração com a Universidade Carlos III, de Madrid.
Desta forma, a Fundação Codere promove na Itália uma análise detalhada do jogo on-line e físico, que foi realizado com uma amostra de cerca de 1.600 entrevistados com idade entre 18 e 75 anos. Com o relatório, procura conhecer e compreender o comportamento da população italiana em relação à prática do jogo e oferecer uma série histórica que permita identificar novas percepções dos consumidores no futuro.
O relatório revela que 44% dos cidadãos com idades compreendidas entre os 18 e os 75 anos jogou pelo menos uma vez no ano passado e apenas 0,9% pode ser considerado um "jogador problemático". Deve-se anotar que a maioria de jogadores têm um relacionamento saudável com o jogo, possuem nível universitário e podem ser considerados de classe média para cima. Demonstram preferência por novas máquinas e terminais de vídeo loteria. De acordo com dados do Ministério Italiano da Economia e Finanças, 27% da receita total de jogos no ano de 2016 veio de máquinas de jogos e 24% de terminais VLT.
Os dados mais marcantes do setor de jogos na Itália estão no segundo capítulo do estudo, que mostra que o jogo é um importante motor para o crescimento econômico. A indústria, que inclui seis mil empresas e 150 mil trabalhadores, movimenta cerca de 19,2 bilhões de euros por ano, representando 1,14% do PIB italiano.
O terceiro capítulo se concentra no jogo on-line e mostra uma clara tendência de crescimento, levando-se em conta 2015, com 3,1 milhões e em 2016, saltando para 3,4 milhões de consumidores de jogos on-line. O perfil padrão do jogador on-line é um jovem entre 25 e 34 anos, com ensino médio e uma clara preferência por apostas esportivas e que dedica pelo menos 30 minutos por dia para apostas on-line. A este respeito, a utilização de plataformas ilegais por parte dos jogadores, ainda é grande (mais de 6.200 no final de 2016, de acordo com dados fornecidos pela AAMS).
