Em sua resposta, a Sportradar disse que embora apoiasse a maioria das recomendações, achava que a proibição da venda de dados nos níveis mais baixos do tênis profissional prejudicaria ainda mais, em vez de proteger, a integridade do esporte.
O relatório foi publicado em abril deste ano e afirmou que o tênis havia sido engolido por um "tsunami" de corrupção nos níveis mais baixos do esporte. Isso, segundo os autores do relatório, havia sido iniciado pelo acordo de 2012 da Sportradar com a Federação Internacional de Tênis (ITF) para distribuir dados sobre torneios pequenos e intermediários para fins de apostas.
“Nunca foi feito um escore total de dados sobre um esporte, nem mesmo foi tentado ou testado antes. As evidências contrárias e a análise de especialistas indicam que tal abordagem é susceptível a ter um efeito prejudicial sobre a integridade, o que seria difícil de reverter se não obtiver sucesso”, disse o diretor administrativo da Sportradar, David Lampitt.
“Assim, o Painel está apostando sua reputação, e a do esporte, em um 'palpite' incerto, quando há boas evidências de que uma abordagem diferente e um processo incremental de implementação de medidas aprimoradas e direcionadas teriam maior probabilidade de gerar resultados bem-sucedidos e benefícios de integridade”.
“Se as recomendações permanecerem inalteradas, elas empurrarão o mercado de apostas para baixo, onde os problemas de integridade estariam fora de vista. Isso pode dar a impressão de melhorar a situação, mas não lidaria com as questões subjacentes”, acrescentou. "Estas não devem ser varrridas para baixo do tapete".
Em vez de uma proibição geral da coleta de dados para competições de baixo nível da ITF, a Sportradar recomendou que restrições fossem implementadas para partidas específicas que estavam particularmente em risco de corrupção. Isso, combateria a corrupção caso a caso, e já está sendo feita por meio da parceria com a ITF.
A Sportradar também pediu um novo órgão, composto por representantes do tênis, empresas de apostas e fornecedores de dados esportivos para liderar novos esforços de colaboração para combater a corrupção.
A Sportradar concluiu dizendo que, em última análise, não poderia apoiar uma proibição arbitrária de coleta de dados ou apostas em qualquer nível. Embora tenha dito que isso poderia até mesmo ser comercialmente vantajoso para seus negócios comerciais, tais medidas acabariam falhando em atingir a meta de combater a corrupção.
Fonte: GMB / Totallygaming.com
