VIE 26 DE ABRIL DE 2024 - 00:18hs.
Conflito futuro

Clubes de futebol argentinos querem uma fatia do futuro negócio de apostas esportivas

Em um cenário semelhante à liberalização das apostas esportivas nos Estados Unidos, os maiores clubes de futebol da Argentina, a direção da Superliga e o corpo-chefe deste esporte, a AFA, estão pedindo para tirar uma parte da receita potencial das apostas esportivas na reforma das leis de jogo da província de Buenos Aires para o futebol.

Autoridades argentinas da Superliga e da AFA exigiram que o presidente Mauricio Macri (do partido Cambiemos) suspenda a reforma do jogo aprovada pela província de Buenos Aires, que introduzirá a primeira legislação sancionatória de jogo online sancionado da Argentina.

A liderança do futebol afirma que o mandato de jogo de Buenos Aires é inconstitucional, já que o governo de Cambiemos formou a nova "Agência Nacional do Esporte (ADN)" em janeiro, dada a diretiva de governar "todos os jogos de azar argentinos".

Emitindo uma declaração à fonte de notícias argentina Tiempo, representantes da Superliga declararam que o executivo da BA havia agido sem consultar clubes de futebol, cujos jogos seriam apostados, com casas de apostas online utilizando ainda mais as identidades dos clubes da Superliga para atrair clientes.

Em sua denúncia, os dirigentes da Superliga e da AFA afirmam que as ações da BA tornaram o novo ADN impotente no governo dos esportes argentinos.

Encabeçada pela governadora da Buenos Aires, Maria Eugenia Vidal, em dezembro último, o executivo de Buenos Aires aprovou o "Plano Orçamentário de 2019" para província, que implementará uma estrutura renovada de apostas - BA - introduzindo novos impostos de varejo/arcade, juntamente com sete licenças iniciais de jogos online.

O plano de orçamento especifica que o novo código de jogos da BA será monitorado pelo ‘IPYLC - o conselho de províncias e loterias argentinos para loterias e cassinos’, detalhando que não há menção aos planos de ADN do Cambiemos.

Nicolás Russo, presidente do Lanús FC e membro do comitê executivo da AFA, detalhou que a AFA estava disposta a apresentar planos alternativos ao executivo da BA, envolvendo compensação de futebol.

"Nós não descartamos tomar algumas medidas de força", disse ele. “Não é sério nem justo usar partidas de futebol para apostar e que os clubes não cobrem um peso. Ninguém nos consultou nada… deveríamos fazer uma apresentação àqueles que estão promovendo reformas”.

Russo sustenta que a governança do futebol não se opõe à regulamentação das apostas, mas que as partes interessadas do esporte devem ser recompensadas em qualquer política futura.

Fonte: GMB / SBC Americas