Desafios regulatórios e novas fronteiras nos meios de pagamento
Muitos painéis se dedicaram a discutir os desafios da nova regulamentação do mercado de apostas no Brasil. Contando com a presença de profissionais de diversas áreas, os debates focaram nas principais mudanças operacionais e fiscais trazidas pelo novo marco regulatório.
O combate às práticas ilegais também foi um tema amplamente discutido. Os especialistas destacaram o papel conjunto de operadores, governo e instituições financeiras no desenvolvimento de estratégias que protejam o ambiente legalizado.
Além disso, novas tecnologias de pagamentos via criptomoedas foram apontadas como uma tendência positiva não apenas para o mercado de iGaming, mas como uma nova forma de transações financeiras na América Latina como um todo.
Tecnologia, tendências e o futuro do iGaming no Brasil
No painel sobre o futuro do iGaming, os palestrantes discutiram tendências e transformações para os próximos 25 anos. Maria Paula Nascimento, gerente de pesquisa da KTO, compôs a conversa e trouxe insights sobre o papel da pesquisa no mercado regulado, e a importância de transformar dados em conhecimento sobre o setor. Também abordou como a inteligência artificial pode ser uma ferramenta útil em processos operacionais, como o atendimento ao cliente.
Além disso, o papel de educar o jogador brasileiro aparece como ponto importante a ser considerado daqui para a frente.
Em um mercado ainda em fase de amadurecimento, muitos usuários ainda não estão familiarizados com conceitos de probabilidades, RTP (retorno ao jogador) e práticas de Jogo Responsável.
Em entrevista exclusiva ao GMB, Nascimento também mencionou que essa abordagem educativa contribui para um crescimento sustentável da indústria e para manter um ecossistema ético e transparente.

Matemática e certificação: Pilares da transparência nos jogos
Seguindo nessa linha, Leonardo Borges Leão, matemático da KTO, discutiu a importância da matemática como base para garantir a transparência nos jogos de cassino online, em um cenário de regulação e certificação.
Desde a estruturação dos sistemas de geração de números aleatórios (RNG) até a definição da taxa de retorno ao jogador (RTP), os cálculos matemáticos atuam como base técnica para assegurar resultados imprevisíveis.
Da mesma forma, através de análises estatísticas e auditorias, os operadores podem garantir a integridade de suas plataformas, fator cada vez mais valorizado em um ambiente regulado.
Experiência do usuário como diferencial competitivo
A preocupação com a experiência do usuário foi um aspecto considerado muito importante e mencionado em vários painéis como uma tendência a ser adotada pelos operadores.
Além de educar os jogadores sobre Jogo Responsável, transparência e legalidade, é importante oferecer uma experiência intuitiva e funcional. A experiência deve ser consistente mesmo sob grandes demandas, que tendem a acontecer em dias de grandes jogos ou promoções especiais.
Os painéis também abordaram a personalização da experiência como um diferencial para os operadores e uma forma de se aproximar do usuário. Essa personalização depende diretamente da coleta e análise de dados, além de pesquisas constantes sobre o comportamento dos usuários.
Regulação, inovação e experiência: a base do iGaming nacional
“O que vimos no BiS SiGMA Américas 2025 foi um retrato de um setor que está aprendendo, evoluindo e se preparando para crescer com responsabilidade. A combinação entre regulamentação clara, inovação tecnológica e foco no usuário cria um ambiente promissor para operadores que buscam se destacar de forma ética e responsável”, destaca a KTO.
“Com players atentos às transformações e ao potencial do mercado nacional, os próximos passos serão decisivos para quem deseja liderar esse movimento de consolidação e crescimento da indústria no país”, concluiu Maria Paula Nascimento.
Fonte: Exclusivo GMB