MAR 16 DE ABRIL DE 2024 - 05:39hs.
Durante esse período de pandemia

Drive-in encontra seu mercado e cria centro de entretenimento seguro

Durante esse período difícil que estamos enfrentando, um drive-in nos Estados Unidos conseguiu transformar um espaço de 60 mil m² em um local seguro, onde as pessoas podem se entreter sozinhas, mesmo estando em meio a uma multidão.

O Local

No espaço é possível assistir um filme, ver um espetáculo de fogos de artifício, cantar junto num show ou até mesmo jogar bingo. Mas para quem prefere ficar em casa e jogar algo mais desafiador, o bet365 cassino no Brasil oferece bônus e prova ser seguro e acessível de qualquer dispositivo. Já o drive-in fica localizado em Dickson City, bem ao norte da Pensilvânia, e foi completamente adaptado às novas regras de distanciamento social, ampliando sua área original para abrigar carros.

Ele atualmente está operando com a metade da sua capacidade, e os funcionários que vendem pipoca ficam sempre atrás de protetores plásticos. Além disso, diversos colaboradores foram contratados para realizar a limpeza dos banheiros com maior frequência.

Atrações do drive-in

O Circle Drive-in, como é conhecido, vem exibindo mais que filmes. Ele também transmite via streaming diversos eventos e shows, como o de Garth Brooks (que foi transmitido em 300 drive-ins ao redor dos Estados Unidos). Além disso, o estabelecimento reabriu o seu mercado de pulgas que ocorre aos domingos, e que há anos era uma das principais fontes de renda do local enquanto não exibiam filmes recém-lançados.

Já em agosto, o local foi palco do show ao vivo de Aaron Lewis (ingresso de US$199 por carro). Esse concerto e diversos outros eventos têm sido tratados como uma necessidade pelos donos do negócio.“Se dependêssemos apenas dos filmes estaríamos fora do negócio porque não têm sido lançados filmes desde o início da pandemia”, disse Joseph Calabro, médico de 64 anos que gerencia o Circle-in. Quando o espaço reabriu para o público em maio, durante o verão, as pessoas estavam muito apreensivas, sempre utilizando máscaras e com os vidros dos carros completamente fechados. Demonstravam estar um pouco assustadas ao sair de casa em busca de diversão, sempre se questionando até que ponto seria perigoso. Além disso, sempre surgia a dúvida sobre o quão arriscado seria esvaziar sua mini-geladeira, estenderem suas mantas e se deitarem na carroceria das picapes para assistir um filme", observou Calabro.

Porém, após alguns fins de semana, as pessoas começaram a mudar as expressões por trás das máscaras. “Você conseguia ver uma diminuição das rugas no canto dos olhos dos pais, e as crianças com olhar sorridente. Achei muito bom. Era uma válvula de escape”, falou Calabro. Seu tio foi o proprietário do Circle-in por cerca de 50 anos, porém, os drive-ins começaram a desaparecer. Mas com a crise sanitária instaurada, o cenário mudou,

“O drive-in encontrou seu espaço novamente, um nicho na comunidade”, falou Frances Kovaleski, um funcionário público do condado de Lackawanna. “Você está em seu carro. E respeitando o distanciamento social para ver o filme. Não precisa se preocupar com nada”. completou Kovaleski.


Elemento histórico e cultural no Norte da Pensilvânia

Em toda a região de Dickson City, o Circle-in é praticamente uma máquina do tempo. “Continua da mesma maneira que era nos anos 1950, 1960 – a arquitetura, o layout do local, mesmo as bilheterias quando você entra com seu carro”, falou Steven Serge, gerente de uma concessionária e frequentador do local. Os drives-ins já foram unanimidade nos EUA, principalmente após a Segunda Guerra Mundial, onde o país experimentou “a loucura americana por carros”. Mas após a popularização cada vez maior das salas de cinema, e com o custo elevado de terrenos e a carga tributária, essa mistura de estacionamento com cinema se tornou obsoleta e foi descartada.

Atualmente, eles voltaram com tudo e não têm previsão para parar, “(...) E existem sinais de que os bons tempos continuarão por mais algum tempo. O Circle-in tem programado uma dezena de shows ao vivo até meados de outubro – e já ouvimos os promotores falando sobre possíveis reservas para 2021”, falou Calabro.

Fonte: NY Times