Patrocinadora de 25 times que disputaram as séries A e B do Campeonato Brasileiro em 2018, a Caixa ainda não definiu se vai manter o investimento no futebol em 2019. O impasse tem deixado dirigentes preocupados, principalmente os de clubes menores, que têm no valor a sua principal fonte de renda. "É possível fazer coisas cem vezes melhores com menos recursos do que gastar com publicidade em times de futebol", afirmou o ministro da Economia, Paulo Guedes.
Na segunda quinzena de dezembro, foi promulgada a Lei 13.756/18 que, entre outras questões, criou a modalidade de apostas esportivas no Brasil. Trata-se de um primeiro passo para a legalização dos jogos e apostas no país. O ano que acaba de iniciar deverá ficar marcado pela entrada de diversas marcas de casas de apostas no patrocínio a clubes brasileiros. E no âmbito global, qual é o cenário atual e as perspectivas futuras?
O esporte brasileiro - sobretudo o futebol - deve passar por uma mudança significativa num futuro próximo. No fim do ano passado, o Governo Federal promulgou a Lei 13.756/18, que tem entre seus pontos a liberação de apostas esportivas. A modalidade já é amplamente difundida e praticada em boa parte do mundo. Na Europa, sites de jogos movimentam cifras exorbitantes e algumas empresas chegam até a patrocinar equipes. No Brasil, a tendência é que o modelo se repita.
Uma das principais fontes de receitas dos clubes de futebol de todo mundo, o patrocínio dos uniformes é um tema sensível nos quatro grandes clubes do Rio (Flamengo, Botafogo, Fluminense e Vasco da Gama), que entram em situação delicada em 2019. Sem a Caixa, os times perdem R$ 35 milhões e iniciam a temporada sem qualquer perspectiva.
Rio de Janeiro: capital mundial do Carnaval, cidade das areias de Copacabana e aos pés do Cristo Redentor, dos clubes do Flamengo, Botafogo, Fluminense e Vasco, do Rock in Rio (o verdadeiro) e do Museu Nacional e do Futuro. A capital fluminense sempre foi um ponto turístico com milhares de locais para visitar e conhecer. No entanto, o Rio quer mais, e também quer ser a capital dos games e eSports.
Após a liberação de apostas esportivas no Brasil, o governo federal passa a ter novos desafios, como cuidar da integridade do esporte e criar uma política de proteção aos vulneráveis a distúrbios relacionados às apostas. Para o advogado Pedro Trengrouse, detecção da manipulação de resultados deve ser prioridade: "A regulamentação deve prever mecanismos de detecção e prevenção, incluindo centralização de dados para monitoramento permanente dos padrões das apostas".
O mercado de apostas esportivas no Brasil, atualmente estimado entre US$ 200 milhões e US$ 300 milhões, pode a R$ 6 bi com a regulamentação da lei. Em entrevista ao site DCI, André Gelfi, sócio-fundador da Su Aposta, explica como isso deverá acontecer. A empresa já opera com corridas de cavalos e quer oferecer apostas em outros esportes assim que o Ministério da Fazenda autorizar a atividade.
Em um recente comunicado, a mais alta organização de futebol do mundo destacou que um de seus "Master Alumni", Pedro Trengrouse, teve um papel fundamental na legalização das apostas esportivas no Brasil. Ele é Coordenador Acadêmico do Programa Executivo FGV / FIFA / CIES de Gestão Esportiva, que comemora sua 10ª edição em 2019 com mais de 500 graduados, o maior número de profissionais graduados da indústria esportiva brasileira.
Nas últimas décadas o poker brasileiro passou de um esporte amador praticado por alguns entusiastas para uma das maiores paixões esportivas nacionais. Hoje o esporte promove eventos ao redor do país, distribui premiações enormes, conta com mais de oito milhões de praticantes e alguns dos melhores competidores do mundo.
O mais recente resort integrado da Espanha espera receber até 33 cassinos, embora o desenvolvedor insista que é apenas uma questão de contingência. No início deste mês, a empresa de desenvolvimento californiana Cora Alpha anunciou sua intenção de construir um resort integrado de US$ 3,5 bilhões, conhecido como Elysium City, na região autônoma de Extremadura.
O Instituto Provincial de Loterias e Cassinos (IPLyC) está trabalhando nos termos e condições da nova licitação, para que estejam prontos até o final de janeiro ou fevereiro. Esse material, por sua vez, será analisado pelo Conselho Geral, pelo Departamento de Contabilidade e pelo Ministério Público Estadual. O governo estima que a licitação para operar as sete licenças de apostas online ocorrerá entre março e abril.
Erich Beting, fundador do Máquina do Esporte e consultor de marketing esportivo e comunicação explica em um vídeo de dois minutos as mudanças que podem acontecer com a liberação das apostas no Brasil. Para ele, o ano de 2019 deve ficar marcado pela entrada de diversas marcas de casas de apostas no patrocínio a clubes brasileiros.
Em uma coluna escrita para o jornal Correio da Bahia, o advogado Ricardo Borges Maracajá, procurador-geral do município de Santa Bárbara, especialista em direito desportivo, tributário e licitações, afirma que “o avanço trazido pela nova legislação com a posterior definição do regramento de patrocínios diretos vai permitir que o mercado do futebol brasileiro experimente o “boom” financeiro ocorrido na Europa”.
A Lei 13.756/18 é decorrente da MP 846/2018, que foi promulgada e é o primeiro passo para a legalização das apostas esportivas no Brasil. Com isso, sites de apostas vão poder patrocinar times brasileiros como fazem hoje com quase metade dos clubes que disputam o Campeonato Inglês. Com a proibição da atividade no país, eles não podem patrocinar clubes e competições. O coordenador do curso de Gestão do Esporte da Fundação Getúlio Vargas, Pedro Trengrouse, explica o que muda com a nova lei.
O presidente eleito Jair Bolsonaro anunciou em seu Twitter, que pretende rever os gastos da Caixa Econômica Federal com publicidade e patrocínios. No futebol, são 24 clubes das séries A e B do Campeonato Brasileiro que recebem recursos, além de competições estaduais. Da sua parte, a Caixa esclarece que o orçamento com recursos do banco projetado para estas ações em 2018 foi de R$ 685 milhões, sendo utilizado até novembro R$ 500,8 milhões.
A Legislatura da Cidade de Buenos Aires autorizou o jogo online no distrito, onde até agora era ilegal, e habilitou as apostas nos resultados das partidas de futebol, porém, proibiu a participação de diretores e jogadores dos clubes envolvidos no evento. A administração local espera arrecadar R$52 milhões. A lei teve 34 votos a favor da regulação e 22 contra de opositores.
Enquanto as apostas esportivas eram aprovadas em duas sessões consecutivas do congresso brasileiro, na cúpula mundial de loteria realizada em Buenos Aires, experts internacionais de jogo destacaram que, para que o negócio de apostas funcione, devem ser tomados todos os cuidados necessários na luta contra a manipulação prévia dos jogos. Representantes do Sistema Global de Monitoramento de Loterias (GLMS, pelas siglas em inglês) explicaram que o combate à corrupção esportiva deve ser global para alcançar os efeitos necessários.
O principal provedor de tecnologia de apostas esportivas e jogos, BtoBet, dá as boas-vindas às notícias da província argentina de Buenos Aires, aprovando uma regulamentação para o seu setor de jogos on-line pela primeira vez. "Estamos constantemente monitorando o cenário regulatório global em evolução", disse o CEO e presidente da BtoBet, Alessandro Fried.
O regulador da Colômbia, Coljuegos, informou que as vendas de jogos online de junho de 2017 a outubro de 2018 chegaram a US$ 481,9 milhões, enquanto a coleção de direitos de exploração de monopólio já alcançou US$ 10,8 milhões. Até outubro deste ano, um total de 1.695.614 jogadores estão cadastrados nos 16 sites autorizados que oferecem serviços de apostas esportivas.
A Sportradar, uma das maiores empresas do mundo em coleta de dados esportivos, esteve no último OGS, que aconteceu entre os dias 3 e 4 de Dezembro em São Paulo. Mateo Lenoble, Diretor de Vendas para América Latina da empresa, atendeu ao GMB e falou sobre as expectativas da companhia para o mercado brasileiro, as parcerias já existentes com federações de futebol e se mostrou otimista com o futuro governo de Jair Bolsonaro.